segunda-feira, 13 de julho de 2009

Domingo

Domingo
Não há nada que faça tão mal a Juvenildo quanto fim de domingo. Domingo à tarde pra ele sempre será angustiante. É hora de lembrar que no outro dia ele terá que ouvir cedo o despertador e levantar para um trabalho que ele não escolheu... Que ele não queria. Sem duvida alguma quando ele ouve a abertura do Fantástico vem uma vontade assim de chorar e ele chora, mesmo sem um ombro onde encostar...
E lá vai ele da padaria onde costuma tomar um café todo domingo sempre no mesmo horário na direção do seu quartinho de pensão numa solidão de dar pena. No caminho encontra sempre as mesmas pessoas. José Cláudio que tem um carrinho de cachorro quente com quem conversa sobre futebol. Ele que resolveu torcer pro Corinthians assim que pôs o pé na cidade, ele que se transformou num grande torcedor para no fundo ter o que conversar com José Cláudio e outros conhecidos...
Ele encontra também Alice que cresceu e de menininha com o tempo se transformou numa moça muito bonita e inteligente que faz faculdade e já não o cumprimenta. Isso o deixa chateado e de vez em quando ele arrisca dar uma olhadinha pro lado dela pra ver se ela o vê, mas hoje Juvenido para ela é apenas um homem que mora na mesma rua...
E quando ele está chegando à pensão finalmente encontra dona Marta que o recebe sempre com o mesmo sorriso – acalanto que o reconforta um pouco – mas que não deixa de ter um toque de tristeza. Dona Marta é a dona da pensão e ele não sabe se de repente esse carinho todo não seja por causa dos doze anos de mensalidades pagas religiosamente no dia sete de cada mês...
Mas conversar com ela é um dos poucos momentos legais de seu domingo. Falar que “o tempo está bom, que vai chover, que o timão embalou, que as frutas estão mais caras e que as crianças (agora todas adultas) mais uma vez não apareceram para visitá-la” faz bem a um Juvenildo que já não lembra os rostos de seus irmãos espalhados pelo Brasil e que tem em dona Marta uma espécie de mãe. Ela que lembra de seu aniversário e que no ano retrasado lhe surpreendeu com um bolo...
Depois da conversinha costumeira e muito rápida pro gosto de Juvenildo vem a parte mais difícil. Ele entra em seu quarto e sempre por incrível precisão é no horário em que começa seu programa preferido. Ele fala boa noite para Patrícia e Zeca, fala sozinho com os dois... Se pega rindo de algumas partes engraçadas e chora de emoção com outras partes nem tão emocionantes assim...
E quando o Fantástico termina, calmamente Juvenildo dá uma arrumadinha em suas coisas, em sua mochila e em seu dormitório. Pega a garrafinha, enche de água e toma o calmante receitado por um médico aconselhado pela dona Marta. Aí então ele vai dormir sonhando com os filhos que não teve, com a esposa que queria ter e com um Juvenildo que ele esqueceu de ser...
Marco Antônio de Almeida
Prof. Marquinho

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sem Férias!

Um amigo pergunta para o outro:
- Cara, você nunca tira férias não?
- De jeito nenhum! Eu não posso me afastar da empresa!
- Por quê? A empresa não pode passar sem você?
- Pode! Mas é isso que eu não quero que eles descubram!

Férias no Rio

As férias do Manoel

Manoel está de férias num restaurante do Rio com um amigo carioca. Acabada a refeição, o amigo sentiu que um fiapo de carne ficara preso entre os seus dentes e como não havia palitos sobre a mesa, perguntou:
- Manoel, você usa fio dental?
- Não, de jeito nenhum! Tenho a bunda muito peluda!

Saber Descansar...

Saber descansar é fundamental

O descanso está ligado à paz de espírito e à maneira como enfrentamos os desafios.
O monge vietnamita Thich Nhat Hanh conta no livro A Essência dos Ensinamentos de Buda (ed. Rocco) uma história zen em que um homem passa cavalgando muito rápido por uma estrada. Outro homem, parado na beira do caminho, pergunta para onde ele está indo com tanta pressa: “Não sei, pergunte ao cavalo”. O cavalo, explica o monge, é a força de nossos costumes, que nos puxa. “Estamos sempre correndo e isso já se tornou um hábito”, diz ele. “Tomamos uma xícara de chá sem aproveitar o sabor. Sentamo-nos com a pessoa que amamos, mas não percebemos que ela está ali. Estamos sempre em outro lugar, pensando no passado ou no futuro.” Dar uma pausa na loucura é fundamental para regenerar os tecidos do corpo. Mas para isso é preciso aprender a relaxar todos os dias, não só nas férias. Para Thich Nhat Hanh, aquietar a mente é mais importante. Uma maneira de lidar com a rotina puxada é apostar na boa alimentação, na atividade física regular – ioga e caminhada – e na meditação. Além desses cuidados, a maior limpeza que podemos fazer internamente é mudar o jeito como nos relacionamos com a vida, com as pessoas e com o relógio, principalmente. No livro Para Viver em Paz (editora Vozes), Thich Nhat Hanh lembra que lutar contra o tempo só exaure. Então, pense que não há o tempo do trabalho, o do trânsito, o dos filhos, mas que esse tempo é todo seu, porque é a sua vida e você estará experimentando cada minuto dele. Assim, você não se mata agora para descansar e ser feliz no fim – o mais sábio é parar de correr atrás desse futuro idealizado e aprender a cansar e descansar aqui e agora, no presente.

*Com informações da
BONS FLUIDO