sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Cotistas por mérito"

Unicamp forma hoje a primeira turma de 'cotistas por mérito'


MARÍLIA ROCHA

DE CAMPINAS


O programa de inclusão social da Unicamp, que inspirou o modelo paulista de cotas, forma hoje sua primeira turma.
Exigência do programa de inclusão é alta como na graduação
São 54 alunos oriundos de escolas públicas de Campinas (a 93 km de São Paulo) que fizeram uma espécie de curso à parte, com aulas de várias áreas de conhecimento.
Eles têm até hoje para escolher qual graduação querem seguir. Dos 67 cursos da Unicamp, 61 terão vagas.
Criado em 2010, o programa serviu de inspiração para a proposta do governo de São Paulo de montar um curso destinado a estudantes de escolas públicas no Estado que queiram entrar na Unicamp, na USP e na Unesp.


O estudante Dionys Dener Antonio, que participou do programa de inclusão social da Unicamp, em sua casa, em Campinas
A proposta ainda terá de ser aprovada pelos Conselhos Universitários.
A seleção para o programa da Unicamp, chamado de Profis, usa como base a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ao menos um aluno de cada escola pública de Campinas é chamado.
O curso tem 120 vagas anuais e pode ser concluído entre dois e três anos. Quem se forma tem vaga garantida na universidade, sem prestar vestibular, mas a entrada na graduação depende do número de vagas disponíveis e do rendimento do aluno.
"Nós damos essa opção como uma ação afirmativa, mas mantemos a seleção pelo mérito", afirma o pró-reitor de graduação da Unicamp, Marcelo Knobel.
Um dos requisitos para se formar é fazer uma pesquisa de iniciação científica.
Quem não quiser continuar na universidade terá um certificado de conclusão, que não é de ensino superior.
Os professores são voluntários da instituição e usam a infraestrutura já existente.



Fonte: FOLHA DE S. PAULO