quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sarau

Primeiro Sarau do “Abílio” uma noite mágica

A poesia é talvez a arte mais intimista de todas. Improvável a obra poética feita em conjunto fazer sucesso. Não que não possa acontecer, mas quando imaginamos a feitura ou a realização da poesia, sempre nos vem à cabeça alguém solitariamente expressando suas idéias, emoções e opiniões. Para que serve a poesia? Como em toda forma de arte essa pergunta pode levar a vários tipos de resposta. Como alguém que vê na poesia uma maneira de compreender-se melhor já que me acostumei a debruçar-me sobre uma folha de papel para exprimir meus sentimentos e assim perceber de forma espantosa o quanto a minha complexidade é cheia de coisas simples respondo que a poesia serve para a própria sociedade conhecer melhor o seu povo.

Escrito isso quero falar da importância de eventos em que a poesia possa ser socializada, declamada, lida, ouvida, falada, cantada. Deveriam ser eventos obrigatórios nem que sejam apenas anuais.

E foi o que aconteceu no último dia 27 de outubro na bela quadra da escola “Abílio Raposo Ferraz Júnior.”. O primeiro Sarau Literário promovida pela equipe da Sala de Leitura do “Abílio” formada pelas professoras Edinéia de Fátima Oliveira Pinheiro e Natália da Costa propiciou a cerca de duzentos e cinqüenta privilegiados o acesso a nobre arte literária da poesia. Até de forma didática pudemos presenciar um verdadeiro show com apresentação de um trio musical formado por Mikaely, Mateus e Jheyce e declamações de Alan, Andressa, Antonio, Arthur, Beatriz Araújo, Beatriz Ayumi, Bruna, Daniela, Edelaine, Érica, Gabriela, Maicon, Mayara, Miele, Roana e Rodrigo após sermos todos ciceroneados por Anderson, Laudinei, Letícia, Luana, Marcos, Michael e Tales com a narração de James e Jaqueline. O trio musical nos apresentou algumas das mais belas músicas de nosso cancioneiro como “Aquarela” de Toquinho e “Wave” de Tom Jobim. Assistimos a leitura viva de poemas dos nossos principais poetas.

Organizado de forma irretocável o Sarau teve visitantes das cidades de Avaré e Águas de Santa Bárbara, familiares, amigos, funcionários e professores numa platéia atenta que chegou a se emocionar em alguns momentos.

Como escrevi no início a poesia é uma criação quase sempre individual. Nada impede que a difusão seja coletiva e assim contribuir para que as pessoas possam entender seu valor. Quando vemos nossos jovens tendo contato com a poesia entendemos nossa própria importância como seres humanos que somos e aprendemos a acreditar um pouco mais na vida.

Marco Antônio de Almeida